Embriões retidos no oviduto como fator de variação na taxa final de recuperação após lavagem uterina de vacas superovuladas
Palavras-chave:
Bovinos, oviduto, embriões, taxa de recuperaçãoResumo
De forma geral, o número de embriões recuperados após lavagem uterina de fêmeas superovuladas não corresponde ao número de corpos lúteos (CL) presentes no ovário no momento da coleta. O presente estudo objetivou avaliar a participação dos embriões retidos no oviduto na taxa final de recuperação de embriões na espécie bovina. Nos dias 8 a 12 do ciclo estral, 52 vacas mestiças foram superovuladas com duas injeções diárias de FSHLH durante quatro dias. No terceiro dia foi aplicada uma dose luteolítica de análogo de prostaglandina F2a. Os animais em estro foram submetidos a monta natural e sete dias após a cobertura os mesmos foram abatidos e seus tratos genitais recuperados. As estruturas ovarianas (CL e folículos) foram identificadas visualmente e os úteros foram lavados com aproximadamente 100 ml de PBS adicionado de 10% soro fetal bovino, utilizando um cateter de Foley. Em seguida, os ovidutos foram lavados (no sentido das fímbrias para o istmo) utilizando-se uma agulha romba acoplada a uma seringa. Os embriões foram localizados sob a lupa binocular e avaliados morfologicamente conforme critérios da IETS. No total, foram detectados 805 CL (media de 15,5±0,9), sendo que 49 vacas responderam com mais de 3 CL. A taxa de recuperação de embriões, em relação ao número de CL, foi de 81,1% (653 embriões). Treze animais (25%) retiveram um ou mais embriões no oviduto, contribuindo com 4,2% (34 embriões, dos quais 10 foram considerados viáveis) do total recuperado. Considerando esses resultados, foi concluído que parte da variação na taxa de recuperação de embriões de vacas superovuladas com FSH é devida aos embriões retidos no oviduto no momento da coleta uterina.
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