Eficiência da inseminação artificial em tempo fixo utilizando dispositivo de progesterona associado com GnRH ou benzoato de estradiol em novilhas da raça Nelore

Autores

  • Vinícius Antônio Pelissari Poncio Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios,Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro Sul, Piracicaba, SP
  • Alfredo José Ferreira Melo Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios,Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro Sul, Piracicaba, SP
  • Keila Maria Roncato Duarte Instituto de Zootecnia, Nova Odessa, SP
  • Claudio Alvarenga de Oliveira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, SP
  • Rafael Herrera Alvarez Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios,Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro Sul, Piracicaba, SP

DOI:

https://doi.org/10.17523/bia.v72n3p271

Palavras-chave:

Bos indicus, BE, Co-synch 5 dias, IATF, taxa de prenhez

Resumo

O emprego de estrógenos nos protocolos hormonais para programar a inseminação artificial dos bovinos é o método mais barato e eficiente atualmente disponível. Entretanto, a tendência de proibir o uso de estrógenos para esse propósito torna necessária a procura por alternativas que substituam os estrógenos sem prejudicar o desempenho reprodutivo dos animais. O objetivo deste estudo foi avaliar as taxas de concepção de novilhas de corte Bos indicus tratadas com dispositivo de progesterona (P4) associado ao GnRH ou a um éster de estradiol. Novilhas púberes da raça Nelore (n = 100) foram tratadas no dia 0 com um dispositivo intravaginal contendo 1 g de P4 e distribuídas aleatoriamente em dois grupos. O grupo GnRH (n = 49) recebeu uma injeção im de 100 µg de GnRH, enquanto que o grupo E2 (n = 51) recebeu 2 mg de benzoato de estradiol (BE). O dispositivo de P4 foi removido após 5 (grupo GnRH) ou 8 (grupo E2) dias, seguido de uma injeção de 125 µg do análogo de PGF2α, cloprostenol. Nesse momento, o grupo E2 recebeu, adicionalmente, 300 UI de eCG. Vinte e quatro horas depois, o grupo GnRH recebeu uma segunda injeção de 125 µg de cloprostenol, enquanto que o grupo E2 recebeu 1 mg de BE. As novilhas foram inseminadas 72 (grupo GnRH) ou 54 (grupo E2) horas após a retirada do dispositivo de P4 e, no momento da inseminação, o grupo GnRH recebeu adicionalmente uma injeção de 100 µg de GnRH. O cio foi monitorado no período da injeção de cloprostenol até o momento da inseminação artificial (IA) e o diagnóstico de prenhez foi realizado 40 dias após a IA, utilizando ultrassonografia transretal. Os dados foram analisados pelo teste exato de Ficher. A taxa de prenhez foi 38,8% e 31,4% para os grupos GnRH e E2, respectivamente (P>0,05). Houve uma tendência (P=0,07) da condição ovariana das novilhas, ciclando ou em anestro, influenciar a taxa de prenhez no grupo GnRH, mas não no grupo E2. No momento da IA, 33,3% das novilhas do grupo GnRH apresentaram sinais de cio contra 88,2% do grupo E2 (P<0,05). Contudo, o momento de manifestação do cio não influenciou a taxa de prenhez. Em conclusão, o uso de GnRH pode ser recomendado para substituir o estradiol nos protocolos de sincronização do cio visando a IATF em novilhas Nelore.

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Publicado

05-10-2015

Edição

Seção

REPRODUÇÃO ANIMAL

Como Citar

Eficiência da inseminação artificial em tempo fixo utilizando dispositivo de progesterona associado com GnRH ou benzoato de estradiol em novilhas da raça Nelore. (2015). Boletim De Indústria Animal, 72(3), 271-276. https://doi.org/10.17523/bia.v72n3p271

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