Capacidade de desenvolvimento de blastocistos bovinos oriundos do cultivo in vitro de mórulasde baixa qualidade produzidas in vivo
Palavras-chave:
bovinos, cultivo in vitro, qualidade do embrião, transferência de embriõesResumo
Os embriões de baixa qualidade (Grau 3) representam uma considerável percentagem do total de embriões recuperados de vacas superovuladas. Esses embriões são raramente transferidos em receptoras, pois a taxa de prenhez é baixa. O presente estudo objetivou avaliar se blastocistos originados de mórulas Grau 3 cultivadas in vitro podem promover índices aceitáveis de prenhez quando transferidos em receptoras. Embriões (mórulas e blastocistos Graus 1, 2 e 3) foram recuperados de doadoras B. taurus taurus e B. taurus indicus superovuladas e transferidos em receptoras imediatamente após a coleta. Mórulas Grau 3 foram cultivadas nos meios PBS (adicionado de 10% de soro fetal bovino) ou Holding PlusTM durante 24 horas a 38 oC. Os blastocistos originados neste período foram igualmente transferidos em receptoras. O diagnóstico de prenhez foi realizado 60 dias após a transferência e os dados foram analisados por regressão logística. A qualidade do embrião foi a única variável que mostrou efeito significativo (P<0,05) no índice de prenhez. Blastocistos originados de mórulas Grau 3 apresentaram taxa de prenhez de 45,7% contra 17,7% de mórulas Grau 3 transferidas imediatamente após a coleta (P<0,05). A taxa de prenhez dos blastocistos cultivados classificados como Grau 1 e 2 foi de 75,0% e 57,9% respectivamente, enquanto que os classificados como Grau 3 foi de 21,0% (P<0,05). Foi concluído que mórulas de baixa qualidade podem evoluir a blastocistos em um sistema simples de cultivo, sendo que a transferência desses embriões em receptoras resulta em aceitáveis índices de prenhez.
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