Resposta ovariana e perfil de desenvolvimento folicular de novilhas tratadas com injeção subcutânea de FSH e reforço intramuscular após 48 horas
Palavras-chave:
superovulação, novilhas, FSH, via scResumo
A injeção única de FSH, aplicada por via subcutânea (sc) é suficiente para induzir uma superovulação em bovinos. No entanto, a injeção sc aumenta as concentrações plasmáticas de FSH somente durante um curto período, de forma que uma parte dos folículos estimulados podem parar seu crescimento na ausência de níveis adequados de FSH na etapa final de maturação. Objetivou-se com este estudo avaliar a resposta ovariana de novilhas tratadas com uma sub-dose intramuscular (im) de FSH 48 horas após a injeção sc inicial. Quinze novilhas mestiças foram tratadas com um dispositivo intravaginal contendo progesterona (CIDR B), juntamente com uma injeção im de 2,5mg de benzoato de estradiol. Quatro dias após, os animais foram distribuídos aleatoriamente em grupos de 5 animais e receberam os seguintes tratamentos: injeção sc de FSH suína (pFSH) na dosagem de 400 (grupo 1) e 320 (grupo 2) UI ou injeções im em doses decrescentes (80-80; 60-60; 40-40 e 20-20UI) durante 4 dias consecutivos (grupo 3). Três dias após, retirou-se o CIDR-B, aplicou-se uma injeção im de 150 mcg de cloprostenol e o grupo 2 recebeu, adicionalmente, uma injeção im de 80UI de pFSH. A inseminação foi realizada em todos os grupos 48 e 62 horas após a injeção do cloprostenol. Durante o período da superovulação foram monitoradas, diariamente, o crescimento folicular e as concentração plasmática do pFSH. No dia 7 após a IA realizou-se a coleta de embriões e a contagem dos corpos lúteos (CL). Os dados da resposta ovariana foram submetidos à analise de variância (Proc GLM do SAS). Não houve diferença do padrão de crescimento folicular entre os grupos. As concentrações plasmáticas de pFSH aumentaram nas primeiras horas após a injeção sc ou im e retornaram aos níveis basais após 24 horas nos grupos 1 e 2, enquanto no grupo 3 mantiveram-se elevadas até o final dos tratamentos. O grupo 2 apresentou um segundo pico após a injeção im de pFSH. Não houve diferença no número de CL (8,4 ± 1,7; 10,2 ± 2,8 e 11,0 ± 2,6) e embriões recuperados (5,3 ± 1,8; 6,1 ± 2,1 e 6,3 ± 2,0) para os grupos 1, 2 e 3, respectivamente (p>0,05). Conclui-se que a injeção adicional de FSH não aumenta a resposta ovariana de novilhas superovuladas com dose única sc de FSH.
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