Caracterização citogenética das raças bovinas Caracu, Junqueira, Pantaneira e Patuá
DOI:
https://doi.org/10.17523/bia.v71n4p332Palabras clave:
anomalia cromossômica, cariótipo, cromossomo Y, raças naturalizadasResumen
Durante o processo adaptativo às condições locais as raças bovinas europeias introduzidas no Brasil na época da colonização, adquiriram características fisiológicas e fenotípicas que as diferenciaram das raças originais. O presente estudo teve como objetivo comparar a morfologia dos cromossomos sexuais de bovinos de quatro raças, naturalizadas brasileiras, bem como verificar a incidência de anomalias cromossômicas. Foi analisado o cariótipo de 332 animais de quatro raças: Caracu (115 fêmeas e 159 machos), Junqueira (13 fêmeas e 3 machos), Pantaneiro (8 machos) e Patuá (21 fêmeas e 13 machos), utilizando-se a coloração convencional de Giemsa. Os animais das raças estudadas apresentaram o complemento cromossômico normal da espécie (2n=60), constituído de 58 cromossomos autossomos de morfologia acrocêntrica e dois cromossomos sexuais X submetacêntricos nas fêmeas e um X e um Y nos machos. Na raça Caracu, as linhagens selecionadas para corte e para leite foram formadas por indivíduos portadores de cromossomo Y acrocêntrico e submetacêntrico, sendo que a linhagem de corte apresentou maior percentagem de cromossomo Y acrocêntrico (P<0,01). Em duas fêmeas e em dois machos nascidos de partos gemelares da raça Caracu, foi observado quimerismo 60,XX/60,XY. O cariótipo 60,XX/61,XXY foi observado em outra fêmea da mesma raça. Nas outras três raças, nenhuma anomalia cromossômica foi observada. A morfologia do cromossomo Y das raças Pantaneira e Patuá apresentou dimorfismo do cromossomo Y acrocêntrico e submetacêntrico. Na raça Junqueira, apenas a morfologia submetacêntrica foi observada.Descargas
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