Crescimento estacional de vinte e cinco espécies ou variedades de capins

Autores

  • José Vicente Silveira Pedreira Instituto de Zootecnia, Divisão de Nutrição Animal e Pastagens, Setor de Ecologia das Pastagens, Nova Odessa, SP
  • Herbert Barbosa de Mattos Instituto de Zootecnia, Divisão de Nutrição Animal e Pastagens, Seção de Nutrição de Plantas Forrageiras, Nova Odessa, SP

Resumo

Os estudos básicos sobre plantas forrageiras procuram conhecem, em detalhe, seu comportamento num dado ambiente. Entre esses conhecimentos, tem elevada importância o da capacidade de produção de matéria seca nas estações climáticas. O presente ensaio consistiu em cortes de parcelas cultivadas com vinte e cinco espécies ou variedades de capim conforme metodologia exposta no Boletim de Indústria Animal, Sao Paulo, 30(1):59-145, jan./jun, 1973. Foram determinadas as taxas de crescimento, médias, em termos de quilograma de matéria seca a 650C/ha/dia; as produções de matéria seca a 65°C/hectare, considerando-se as produções anuais de €œverão€ (meados de outubro-meados de abril) e de €œinverno€ (meados de abril-meados de outubro), os conteúdos de matéria seca, fibra e proteína brutas, cálcio e fósforo. Os resultados obtidos para as taxas de crescimento mostram que: a) os capins green panic, braquiária australiana, gamba e coastcross 1 foram mais precoces no início da estação de crescimento na primavera; por outro lado, a grama-batatais, a grama-paulista e o buffel biloela foram os mais tardios; b) as taxas de crescimento mais alta durante os meses de produções mais elevadas - novembro a fevereiro, foram apresentadas pelo capins braquiária-australiana, coastcross 1, umfolozi, estrela e Digitaria milanjiana; as taxas mais baixas foram dos capins buffel biloela, grama-paulista, nandi e pangola; c) nos meses de crescimento menos intenso (maio a agosto), as taxas de crescimento mais elevadas foram produzidas pelos capins-gamba, coastcross 1, estrela, Digitaria diversinervis e angola; as mais baixas, pelos capins Digitaria valida, buffel biloela, pangola, Digitaria sp. e batatais. Os capins que apresentaram suas taxas de crescimento da primavera (setembro e outubro) e do outono (março e abril) mais próximas de suas taxas de crescimento do verão (novembro a fevereiro), foram: nandi, braquiária, Digitaria diversinervis, gamba, estrela e coastcross 1; os maiores desequilíbrios entre taxas dos períodos apresentados ocorreram com os capins buffel biloela, batatais, pangola, Digitaria valida, D. milanjiana, Digitaria sp., pensacola e ramirez. Calculando-se a que porcentagem das taxas de crescimento do €œverão€ corresponderam as taxas de crescimento do €œinverno€, verificou-se que os valores mais altos foram obtidos pelos capins: gamba (24%), Digitaria diversinervis (22%), estrela (l9%) e coastcross 1 (17%); as porcentagens mais baixas foram dos capins: Digitaria valida (4%), D. milanjiana (5%), Digitaria sp. (5%), batatais (5%) e pensacola (5%). Considerando-se os resultados obtidos, os capins estudados podem ser agrupados em: a) Boa distribuição estacional do crescimento: gamba, Digitaria diversinervis, nandi. estrela, coastcross 1 e braquiária; b) Re.ilar distribui瀙o estacional do crescimento: green panic, braquiária australiana, angola, colonio, gatton, slender stem digit grass, grama-paulista, Echinoch/oa pyramidalis, rhodes callide e B. ruziziensis; c) Má distribuição do crescimento estacional: umfolozi, ramirez, Digitaria sp., D. milanjiana, D. valida, pangola, pensacola, buffel biloela e grama-batatais. As maiores produções anuais e de €œverso€ de matéria seca a 65°C/ha foram efetuadas pelos capins coastcross 1, estrela, braquiária austr&iana, gamba, greer panic e umfolozi. No €œinverno€, coastrcross 1, gamba, estrela, Digitaria diversinervis, green pan, braquiária australiana e angola foram as mais produtivas. As produções anuais e de €œverso€ mais baixas foram dos capins: nandi, pangola, grama-paulista e buifel biloela; no €œinverno€, buffel biloela, Digitaria valida, pangola, batatais, Digitaria milanjiana, Digitaria . NO 56, pensacola e grama-paulista. Os teores de matéria seca a 650C, no material original, proteína e fibra brutas, cမcio e fósforo, na matéria seca, e relação Ca:P dos capins estudados são discutidos no texto.

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Publicado

29-01-2014

Edição

Seção

FORRAGICULTURA E PASTAGENS

Como Citar

Crescimento estacional de vinte e cinco espécies ou variedades de capins. (2014). Boletim De Indústria Animal, 38(2), 117-143. http://bia.iz.sp.gov.br/index.php/bia/article/view/213

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