Crescimento estacional de vinte e cinco espécies ou variedades de capins
Resumo
Os estudos básicos sobre plantas forrageiras procuram conhecem, em detalhe, seu comportamento num dado ambiente. Entre esses conhecimentos, tem elevada importância o da capacidade de produção de matéria seca nas estações climáticas. O presente ensaio consistiu em cortes de parcelas cultivadas com vinte e cinco espécies ou variedades de capim conforme metodologia exposta no Boletim de Indústria Animal, Sao Paulo, 30(1):59-145, jan./jun, 1973. Foram determinadas as taxas de crescimento, médias, em termos de quilograma de matéria seca a 650C/ha/dia; as produções de matéria seca a 65°C/hectare, considerando-se as produções anuais de €œverão€ (meados de outubro-meados de abril) e de €œinverno€ (meados de abril-meados de outubro), os conteúdos de matéria seca, fibra e proteína brutas, cálcio e fósforo. Os resultados obtidos para as taxas de crescimento mostram que: a) os capins green panic, braquiária australiana, gamba e coastcross 1 foram mais precoces no início da estação de crescimento na primavera; por outro lado, a grama-batatais, a grama-paulista e o buffel biloela foram os mais tardios; b) as taxas de crescimento mais alta durante os meses de produções mais elevadas - novembro a fevereiro, foram apresentadas pelo capins braquiária-australiana, coastcross 1, umfolozi, estrela e Digitaria milanjiana; as taxas mais baixas foram dos capins buffel biloela, grama-paulista, nandi e pangola; c) nos meses de crescimento menos intenso (maio a agosto), as taxas de crescimento mais elevadas foram produzidas pelos capins-gamba, coastcross 1, estrela, Digitaria diversinervis e angola; as mais baixas, pelos capins Digitaria valida, buffel biloela, pangola, Digitaria sp. e batatais. Os capins que apresentaram suas taxas de crescimento da primavera (setembro e outubro) e do outono (março e abril) mais próximas de suas taxas de crescimento do verão (novembro a fevereiro), foram: nandi, braquiária, Digitaria diversinervis, gamba, estrela e coastcross 1; os maiores desequilíbrios entre taxas dos períodos apresentados ocorreram com os capins buffel biloela, batatais, pangola, Digitaria valida, D. milanjiana, Digitaria sp., pensacola e ramirez. Calculando-se a que porcentagem das taxas de crescimento do €œverão€ corresponderam as taxas de crescimento do €œinverno€, verificou-se que os valores mais altos foram obtidos pelos capins: gamba (24%), Digitaria diversinervis (22%), estrela (l9%) e coastcross 1 (17%); as porcentagens mais baixas foram dos capins: Digitaria valida (4%), D. milanjiana (5%), Digitaria sp. (5%), batatais (5%) e pensacola (5%). Considerando-se os resultados obtidos, os capins estudados podem ser agrupados em: a) Boa distribuição estacional do crescimento: gamba, Digitaria diversinervis, nandi. estrela, coastcross 1 e braquiária; b) Re.ilar distribui瀙o estacional do crescimento: green panic, braquiária australiana, angola, colonio, gatton, slender stem digit grass, grama-paulista, Echinoch/oa pyramidalis, rhodes callide e B. ruziziensis; c) Má distribuição do crescimento estacional: umfolozi, ramirez, Digitaria sp., D. milanjiana, D. valida, pangola, pensacola, buffel biloela e grama-batatais. As maiores produções anuais e de €œverso€ de matéria seca a 65°C/ha foram efetuadas pelos capins coastcross 1, estrela, braquiária austr&iana, gamba, greer panic e umfolozi. No €œinverno€, coastrcross 1, gamba, estrela, Digitaria diversinervis, green pan, braquiária australiana e angola foram as mais produtivas. As produções anuais e de €œverso€ mais baixas foram dos capins: nandi, pangola, grama-paulista e buifel biloela; no €œinverno€, buffel biloela, Digitaria valida, pangola, batatais, Digitaria milanjiana, Digitaria . NO 56, pensacola e grama-paulista. Os teores de matéria seca a 650C, no material original, proteína e fibra brutas, cမcio e fósforo, na matéria seca, e relação Ca:P dos capins estudados são discutidos no texto.Downloads
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