Eficiência de sistemas de climatização na área de descanso em instalações do tipo freestall e sua influência nas respostas produtivas e fisiológicas de vacas em lactação
Palavras-chave:
estresse térmico, produção de leite, resfriamento evaporativo, respostas fisiológicasResumo
O trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de sistemas de climatização na área de descanso em instalação do tipo freestall e seus reflexos nas repostas produtivas e fisiológicas de vacas em lactação. O período experimental teve duração de 28 dias consecutivos do mês de novembro de 2003. Foram utilizadas 15 vacas em lactação, pluríparas, com produção média de 20kg de leite/dia. Os tratamentos adotados foram: ausência de ventilação (V0), ventilação (V) e ventilação + nebulização (VN) posicionados sobre a cama dos animais. A temperatura do bulbo seco (TBS) e a umidade relativa do ar (UR) foram mensuradas a cada 15 minutos ao longo das 24 horas no interior da instalação e no ambiente externo. A ordenha foi realizada à 1, às 9 e às 17 horas, e as produções diárias registradas. A alimentação era fornecida duas vezes ao dia (10 e 16 horas) e a quantidade de alimento oferecido e das sobras, foi registrada diariamente. As medidas fisiológicas, como freqüência respiratória (FR), temperatura retal (TR) e temperatura da pele (TP) de cinco animais em cada tratamento foram realizadas às 9, 11, 13, 15 e 17 horas. A UR mostrouse mais elevada nos tratamentos V0 (61,8%) e VN (61,8%) quando comparada ao tratamento V (60,3%). O ITU mostrou-se mais elevado em V (75,0), quando comparado ao tratamento V0 (74,5) e VN (74,3). Para as variáveis fisiológicas, verificou-se que as vacas em lactação que receberam o tratamento V0 apresentaram menor temperatura retal às 11 horas (37,9ºC), 13 horas (38,2ºC) e 17 horas (38,2ºC). Os valores encontrados para a freqüência respiratória (58; 55 e 58 mov/min, respectivamente para V0, V e VN) e temperatura do pelame branco (35,4ºC; 33,4ºC e 35,2ºC respectivamente para V0, V e VN) e pelame negro (31,9ºC; 31,5ºC e 31,8ºC, respectivamente para V0, V e VN) estiveram dentro da faixa de termonormalidade em todos os tratamentos. Os animais mantidos nos tratamentos V0 (20,5kg MS/dia) e V (21,3kg MS/dia) apresentaram maior consumo de matéria seca que VN (19,3kg MS/dia), entretanto, este não refletiu em maior produção de leite.
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