Cultivo in vitro temporário de embriões bovinos bipartidos. Efeito na posterior taxa de prenhez, sexo e peso dos bezerros
Palavras-chave:
bipartição de embriões, cultivo in vitro, bovinos, taxa de prenhezResumo
O presente estudo objetivou avaliar a taxa de prenhez, a duração da prenhez e a taxa de parição após a transferência de embriões bipartidos e reconstituídos in vitro, bem como algumas características (proporção de sexo e peso ao nascimento) dos bezerros produzidos. Embriões (mórulas grau 1) recuperados de vacas superovuladas foram bipartidos com uma lâmina metálica e transferidos em novilhas receptoras logo em seguida (grupo 1, n=38) ou após 24 horas de cultivo (meio EARLE + 10% SFB) a 38,5°C e atmosfera de 5% de CO2 (grupo 2, n=34). Como controle foram utilizados embriões intactos, não cultivados, transferidos logo após a coleta (grupo 3, n=36). Os dados foram analisados utilizando ANOVA e teste de x2. Os hemi-embriões cultivados que evoluíram ao estágio de blastocisto (78%, 44/56) foram considerados viáveis. A taxa de prenhez no dia 45 após a transferência foi de 47,4%, 52,9% e 52,8% para os grupos 1, 2 e 3, respectivamente (P> 0,05). A taxa de parição foi de 26,3% no grupo 1, 29,4% no grupo 2 e 30,6% no grupo 3 (P> 0,05). Não houve diferença (P>0,05) na duração da prenhez (280,8 ± 1,8, 285,5 ± 1,7 e 285,3 ± 1,7 dias), na proporção de machos (60,0%, 50,0% e 54,5%) e no peso dos bezerros ao nascimento (38,0 ± 4,2, 32,4 ± 2,5 e 36,2 ± 2,6kg) entre os grupos 1, 2 e 3, respectivamente. Foi concluído que o cultivo in vitro dos hemi-embriões durante 24 horas pode ser uma boa medida para eliminar os que não são capazes de continuar seu desenvolvimento, porém, a transferência dos que evoluem em cultivo não aumenta a taxa de prenhez quando comparada à transferência de hemi-embriões não cultivados.
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