Influência dos fatores metereológicos sobre a duração do período larva-imago e emergência de rainhas de abelhas africanizadas (Apis mellifera, Hymenoptera apidae)

Autores

  • Etelvina Conceição Almeida da Silva Instituto de Zootecnia, Centro de Apicultura Tropical, Nova Odessa, SP
  • José Chaud Netto Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Departamento de Biologia, Rio Claro, SP
  • Augusta Carolina de Camargo Carmello Moreti Instituto de Zootecnia, Centro de Apicultura Tropical, Nova Odessa, SP
  • ronaldo Mário Barbosa da Silva Instituto de Zootecnia, Centro de Apicultura Tropical, Nova Odessa, SP

Palavras-chave:

Apis mellifera, abelhas-rainhas, abelhas africanizadas, fatores meteorológicos

Resumo

Com o objetivo de avaliar os efeitos das condições meteorológicas sobre a duração do desenvolvimento e a taxa de emergência de abelhas-rainhas africanizadas em clima tropical, foram feitas correlações entre os dados referentes à duração do período de desenvolvimento larva-imago, à porcentagem de rainhas que emergiram com 12 dias ("precoces"), à porcentagem de emergência total de rainhas, coletados em 16 ciclos de produção realizados no período de agosto de 1990 a agosto de 1992, no Centro de Apicultura Tropical, em Pindamonhangaba, SP (Latitude 22º57'S, Longitude 45º27'W, altitude de 560m) com as condições meteorológicas reinantes durante as criações. Os dados meteorológicos utilizados foram: temperaturas máxima, média e mínima, pressão atmosférica, umidade relativa do ar, velocidade do vento, nebulosidade, evapotranspiração, índice pluviométrico e insolação. Houve correlação negativa entre a duração do período de desenvolvimento de rainhas e as temperaturas máxima ( r = -0,76) e média (r = -0,48) (p < 0,05) e entre o período de desenvolvimento e o índice pluviométrico (r = -0,53; p < 0,05). A correlação entre a porcentagem de emergência total de rainhas e a pressão atmosférica também foi negativa (r = -0,57; p < 0,05). Por sua vez, as correlações entre porcentagem de emergência total e as temperaturas máxima e média foram positivas (r = 0,63 e r = 0,53, respectivamente) (p < 0,05). Observou-se, ainda, que o índice pluviométrico correlacionou-se positivamente com as temperaturas máxima (r = 0,65), mínima (r = 0,68) e média (r = 0,67) (p < 0,05), ou seja, as chuvas foram sempre precedidas por elevação de temperatura, e que a pressão atmosféricas correlacionou-se negativamente com as temperaturas máxima (r = -0,71) e média (r = -0,85). Pode-se supor que o fator meteorológico de maior importância para essa fase do desenvolvimento da rainha é a temperatura. Quando a temperatura ambiente foi mais elevada, a duração do período larva-imago diminuiu, aumentando assim, a porcentagem de emergência de rainhas "precoces", o que torna recomendável a escolha dos períodos mais quentes do ano para esta atividade.

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Publicado

14-01-2014

Edição

Seção

FORRAGICULTURA E PASTAGENS

Como Citar

Influência dos fatores metereológicos sobre a duração do período larva-imago e emergência de rainhas de abelhas africanizadas (Apis mellifera, Hymenoptera apidae). (2014). Boletim De Indústria Animal, 53, 117-122. http://bia.iz.sp.gov.br/index.php/bia/article/view/1002

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