Estudo comparativo da digestibilidade de gramíneas forrageiras com ovinos e bovinos. II. Digestibilidade do Capim-elefante-napier na forma verde e como silagem

Autores

  • Laércio Melotti Instituto de Zootecnia, Divisão de Nutrição Animal e Pastagens, Seção de Avaliação de Forragens, Nova Odessa, SP

Resumo

Utilizando o método convencional de coleta total de fezes, foi estudado, através de ensaios comparativos de digestibilidade entre animais de duas espécies animais, ovina e bovina, o capim-elefante-napier, na forma verde e como silagem adicionada de melaço e enriquecida de espiga de milho desintegrada. Os ovinos ficaram durante os ensaios em gaiolas de digestibilidade e arreados para coleta das fezes, enquanto os bovinos permaneceram em baias individuais, também arreados com bolsas coletoras para a mesma finalidade. Dos ensaios de digestibilidade, constaram três períodos. No primeiro, de adaptação ao novo alimento, com quatorze dias de duração para as duas espécies, com o alimento fornecido ad libitum. No segundo, o de ajuste, ambas as espécies recebiam 100% do total de alimento que vinham ingerindo, isso por sete dias para os ovinos e quatorze para os bovinos, sendo nos últimos três dias o alimento reduzido a 80%. No terceiro e último período, o principal ou de coleta de fezes, os animais continuaram a receber os 80% do alimento até o final do ensaio, de sete dias para os ovinos e doze para os bovinos. Os experimentos, em número de cinco, foram os seguintes: I: capim-elefante-napier verde; II: silagem de capim-elefante-napier, adicionada de melaço; III: silagem de capim.elefante-napier, enriquecida com 50kg de espiga de milho desintegrada, por tonelada; IV:silagem de capim-elefante-napier, enriquecida com 100kg de espiga de milho desintegrada, por tonelada; V: silagem de capim-elefante-napier, enriquecida com 150kg de espiga de milho desintegrada, portonelada. No ensaio I, o capim-elefante-napier fornecido aos animais continha 34,73 e 33,90% de matéria seca (M.S); 2,89 e 2,96% de proteína bruta (P.B); e 39.61 e 41,19% de fibra bruta (FB.) respectivamente para ovinos e bovinos. Pelo teste F, não foram encontradas diferenças significativas entre ambas as espécies, nas condições experimentais do presente trabalho. O experimento li, em que a silagem de napier foi adicionada de melaço, apresentou pelo teste F diferenças ao nível de 5% a favor dos bovinos para os coeficientes de digestibilidade da matéria seca, proteína bruta, energia bruta e matéria orgânica, e a 1% para extrativos não nitrogenados. Os coeficientes de fibra bruta, extrato etéreo, nutrientes digestíveis totais (NDT) e energia digestível, não apresentaram diferenças significativas. Nos experimentos III, IV e V, onde as silagens foram enriquecidas com espiga de milho desintegrada, não foram observadas diferenças significativas para os componentes estudados.

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Publicado

29-01-2014

Edição

Seção

FORRAGICULTURA E PASTAGENS

Como Citar

Estudo comparativo da digestibilidade de gramíneas forrageiras com ovinos e bovinos. II. Digestibilidade do Capim-elefante-napier na forma verde e como silagem. (2014). Boletim De Indústria Animal, 40(2), 267-277. http://bia.iz.sp.gov.br/index.php/bia/article/view/660

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