Relação entre circunferência escrotal de touros nelore e taxa de prenhez de vacas em monta natural

Autores/as

  • D. R. Oliveira Júnior Instituto de Zootecnia, Centro APTA Bovinos de Corte, Sertãozinho, SP
  • E. A. R. Dias Instituto de Zootecnia, Centro APTA Bovinos de Corte, Sertãozinho, SP
  • S. P. Campanholi Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, SP
  • F. M. Monteiro Instituto de Zootecnia, Centro APTA Bovinos de Corte, Sertãozinho, SP
  • C. C. P. Paz Instituto de Zootecnia, Centro APTA Bovinos de Corte, Sertãozinho, SP
  • M. E. Z. Mercadante Instituto de Zootecnia, Centro APTA Bovinos de Corte, Sertãozinho, SP

DOI:

https://doi.org/10.17523/bia.v73n4p319

Palabras clave:

Bos indicus, perímetro escrotal, prenhez, sêmen.

Resumen

A taxa de prenhez (TP) é de extrema importância para a eficiência produtiva de bovinos de corte, e a fertilidade dos touros pode influenciar na TP das matrizes em monta natural. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre as características do exame andrológico, especialmente a circunferência escrotal (CE), de touros da raça Nelore (Bos indicus), selecionados para reprodução com base em maior ganho de peso pós-desmama, com a TP de vacas Nelore em estação de monta natural de 90 dias de duração. Foram avaliados registros de 7171 entradas na monta de 1923 vacas submetidas a 216 touros em 368 lotes de estação de monta a campo (touro único), durante os anos de 1995 a 2014, e a CE dos touros. A CE foi pré-ajustada para idade do touro (2,67±0,62 anos) na entrada da estação de monta, em modelo de regressão linear, sendo posteriormente expressa em 3 classes: classe 1: CE < 35 cm; classe 2: 35 ‰¥ CE < 37 cm; classe 3: CE ‰¥ 37. Mais da metade das observações de CE ficaram na classe 2, e 74,52% das exposições aos touros resultaram em prenhez, com mínimo de 0% e máximo de 100% de sucesso de prenhez nos 368 lotes de monta. Parte (n=33) dos 216 touros tinham registros de características obtidas em exame andrológico parcial [CE, volume, motilidade, vigor, concentração e morfologia espermática (defeitos maiores e menores)]. Verificou-se que a classe de valores intermediários de CE (circunferência escrotal 2: 35 ‰¥ CE < 37 cm) foi a de maior risco relativo para sucesso na prenhez. Na amostra dos 33 touros, a taxa de prenhez apresentou correlação moderada e positiva (r = 0,66) somente com a concentração espermática. A fraca relação entre as características do andrológico os touros e TP das vacas pode ser devido ao fato da amostra dos touros avaliados neste tipo de trabalho ser sempre viesada. Ou seja, só são considerados os touros que entraram em monta, que é uma pequena porcentagem dos machos nascidos e, portanto, a variação observada nesses não representa a variação em CE, nas características seminais, e possivelmente na aptidão reprodutiva, de todos os machos nascidos. Além disso, a TP é o resultado da expressão de muitos fatores que incidem distintamente nas vacas e nos touros, e que devem ter influência individual sutil neste resultado.

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Publicado

2016-12-09

Número

Sección

REPRODUÇÃO ANIMAL

Cómo citar

Relação entre circunferência escrotal de touros nelore e taxa de prenhez de vacas em monta natural. (2016). Boletín De Industria Animal, 73(4), 319-328. https://doi.org/10.17523/bia.v73n4p319

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