Comparação de modelos não lineares para descrever o crescimento de fêmeas leiteiras mêstiças taurino x zebu no Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.17523/bia.v73n3p228Palabras clave:
curva de crescimento, funções matemáticas, taxa de crescimento instantnea.Resumen
Objetivou-se comparar as funções matemáticas de Brody (BD), Von Bertalanffy (VB), Logístico (LG) e Gompertz (GP), identificar a que melhor descreve o crescimento, estimar componentes da curva (peso assintótico: a; índice de maturidade: k) e caracterizar o formato (ponto de inflexão: PI; taxa de crescimento instantâneo: TCI) da curva média de crescimento de fêmeas mestiças (Bos taurus x Bos indicus) em sistema de produção semi-extensivo. Foram utilizados 537 registros de pesagens realizadas em intervalos de 30 dias durante o período de 2010 a 2012, pertencentes a três propriedades. Os valores de a e k foram, respectivamente, 1.982 kg e 0,000286 kg/dia para BD; 550,50 kg e 0,00232 kg/dia para VB; 405,20 kg e 0,006374 kg/dia para LG e 479,70 kg e 0,00353 kg/dia para GP. Baseado nos critérios estatísticos observou-se que os modelos VB, BD e LG apresentaram os maiores (>0,74) coeficientes de determinação ajustados (Ra²), e menor valor do resíduo foi encontrado no modelo GP (4.918,38), indicando que todos os modelos se adequaram estatisticamente aos dados observados. Para os critérios de interpretação biológica, os modelos VB (8,48 meses) e LG (9,4 meses) apresentaram PI mais próximos do observado, o modelo VB (12,04-0,535 kg/mês) foi o único capaz de descrever a TCI, e os demais modelos subestimaram o incremento de peso corporal. O modelo de VB apresentou o melhor ajuste aos dados de crescimento de fêmeas mestiças com alta variabilidade genética em sistema semi-extensivo.
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