Estimulação tátil em novilhas leiteiras: efeitos no comportamento e na produção de leite após o parto
DOI:
https://doi.org/10.17523/bia.v73n3p171Palabras clave:
interação humano-animal, ordenha, reatividade.Resumen
O manejo positivo em novilhas primíparas antes do parto, realizado através de estímulos táteis, pode ser benéfico para o comportamento na rotina de ordenha. O objetivo do trabalho foi avaliar a utilização do estímulo tátil em novilhas leiteiras e seus efeitos no comportamento e produção de leite após o parto. Foram utilizadas 10 novilhas primíparas da raça Holandesa. Metade do grupo recebeu treinamento com estímulo tátil em todas as partes do corpo, enquanto a outra metade não recebeu estimulação (grupo controle). O período de treinamento foi dividido em três fases: inicial, do primeiro ao sexto dia; intermediário, do sétimo ao 12º dia, e final, do 13º ao 23º dia de treinamento. Durante o treinamento foram avaliados, por cinco minutos, movimentação e deslocamento por escores. Também foram registradas medidas fisiológicas [frequência respiratória (FR) e temperatura do olho mínima (TOmín) através da câmera termográfica]. Após o parto, as novilhas foram levadas para a primeira ordenha, quando foram iniciadas as avaliações durante os 10 primeiros dias de ordenha (20 ordenhas consecutivas). As avaliações comportamentais dos animais foram realizadas atribuindo-se escore de reatividade 1 (comportamentos desejáveis) e 2 (comportamentos indesejáveis): entrada na baia, assepsia dos tetos, ordenha de jato de leite para teste de mastite, momento de colocação das teteiras e processo de retirada do leite, além da quantidade de leite produzida. As médias da TOmín e da FR decresceram no decorrer do período de treinamento. Foi observada diferença significativa para o escore de deslocamento (P=0,019), com redução do deslocamento do período inicial para o final (60,0% para 25,7%). Na colocação das teteiras, as novilhas estimuladas apresentaram menor reatividade (P=0,002), com menor frequência de comportamento indesejável (12,0%), do que as novilhas não estimuladas (30,2%). A curva de produção de leite média para os primeiros 60 dias de lactação do grupo das novilhas estimuladas (Ln y=2,20€“0,0102t+0,331lnt, R2=0,76) foi superior à do grupo de novilhas não estimuladas (Ln y=1,54€“0,0191x+0,578lnx, R2=0,79), com diferença significativa (P<0,001) entre elas. A estimulação tátil realizada em novilhas primíparas antes do parto mostrou-se benéfica para o comportamento destas durante a ordenha, diminuindo a reatividade diante do ordenhador e aumentando a produção de leite.Descargas
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