Indução da ovulação e características ovarianas de marrãs pre-púberes tratadas com gonadotrofina coriônica humana ou kisspeptina
DOI:
https://doi.org/10.17523/bia.v73n1p9Palavras-chave:
eCG, hCG, kiss-10, ovulação, puberdade, suínos.Resumo
Devido à semelhança na estrutura e função com o hormônio luteinizante (LH), a gonadotrofina coriônica humana (hCG) tem sido convencionalmente o principal hormônio utilizado para induzir o estro e a ovulação nas fêmeas suínas. Recentemente, foi demonstrado que o neuropeptídio kisspeptina é o precursor da descarga de LH em diferentes espécies de mamíferos, incluindo a suína. Dessa forma, o presente estudo objetivou determinar se uma das formas dessa substância (kisspeptina-10) associada à gonadotrofina coriônica equina (eCG) pode ser um método eficiente para induzir a ovulação de marrãs pré-púberes. Trinta marrãs de 5 meses de idade, com peso médio de 78,0 ± 8,4 kg, foram distribuídas aleatoriamente em cinco grupos de seis animais cada. Os grupos 1, 2 e 3 receberam 750 UI de eCG, enquanto que os grupos 4 e 5 receberam solução fisiológica. Setenta e duas horas após, o grupo 2 recebeu 380 nmol de kisspeptina-10, os grupos 3 e 4 receberam 500 UI de hCG e os grupo 1 e 5 receberam solução fisiológica. As injeções foram aplicadas em dose única, utilizando a via intramuscular. Os animais foram abatidos sete dias após e a ovulação foi constatada pela presença de corpos lúteos nos ovários recuperados. Os dados foram analisados pelo teste de Kruscal-Wallis e teste exato de Fisher. O número de fêmeas que ovulou foi semelhante nos grupos 2 e 3. Essa resposta foi superior ao grupo 5 (P<0,01) e aos grupos 1 e 4 (P=0,08). O peso e o tamanho dos ovários não foram influenciados pelos tratamentos, enquanto que o número de ovulações foi maior para os grupos 2 e 3 (P<0,01). Esses resultados sugerem que a kisspeptina-10 tem atividade biológica comparável à hCG para induzir a ovulação de marrãs pré-púberes.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos, pois devem abrir mão de seus direitos autorais em favor deste periódico. Por outro lado, os autores ficam autorizados a publicar seus artigos, simultaneamente, em repositórios da instituição de sua origem, desde que citada a fonte da publicação original seja Boletim de Indústria Animal. A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade. Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC-BY-NC). A condição BY implica que os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados com base em que só se dão o autor ou licenciante os créditos na forma especificada por estes. A cláusula NC significa que os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados com base apenas para fins não comerciais.