Alternativas para o manejo de vacas Gir e mestiças Holandês X Zebu em lactação: efeito sobre a produção de leite e reprodução

Autores

  • Jorge Patricio González Sánchez Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Centro Tecnológico do Tringulo e Alto Paranaíba, Uberaba, MG
  • Cyro Ferreira Meirelles Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Nutrição Animal, Piracicaba, SP
  • Dorinha Miriam Silber Schimidt Vitti Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Instrumentação Nuclear, Piracicaba, SP
  • Adibe L. Abdalla Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Instrumentação Nuclear, Piracicaba, SP
  • Lázaro Eustáquio Borges Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Centro Tecnológico do Tringulo e Alto Paranaíba, Fazenda Experimental de Sertãozinho de Patos de Minas, Patos de Minas, MG

Palavras-chave:

bovinos, anestro pós-parto, fertilidade, indução de cio, prostaglandina, manejo

Resumo

O anestro e a fertilidade no pós-parto de vacas leiteiras são influenciados pelos processos fisiológicos da lactação e amamentação. Nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, foram testadas três modificações do manejo tradicional em rebanhos leiteiros de vacas Gir e de Holandês com Zebu. Na primeira, em vacas Girolando sob manejo convencional (dois períodos de ordenha e de amamentação diários) o intervalo parto – primeiro cio foi de 122,0 ± 56,4 dias (n = 8); ao suprimir a ordenha e amamentação da tarde, em dias alternados, a partir do sexto dia da lactação, este intervalo foi reduzido significativamente (70,6 ± 19,6 dias; n= 9). A segunda modificação foi testada em vacas Holandês X Zebu, que foram inseminadas no segundo cio pós-parto, verificando-se fecundação de 88,9% e período de serviço de 157,8 dias quando no intervalo entre o primeiro e o segundo cio pós-parto permaneceram com o bezerro “ao pé”, após a ordenha da manhã, até o final da tarde (n = 10); fecundação de 70,0% e período de serviço de 161,3 dias, quando nesse intervalo entre cios foram suprimidas a ordenha e amamentação da tarde (n = 10); e fecundação de 50,0% e período de serviço de 205,5 dias, quando nesse intervalo entre cios foram mantidos os dois períodos de ordenha e amamentação diários (n = 9). A terceira modificação foi testada em vacas Gir leiteiro e Girolando que haviam manifestado cios anteriromente, suspendendo-se a ordenha e a amamentação da tarde, durante a primeira (T1) ou segunda (T3) semana de ciclo estral. No final desses períodos de ordenha única, em todos os animais aplicou-se uma sub-dose de prostaglandina sintética. Nos respectivos lotes de controle, foram mantidos os dois períodos de ordenha e amamentação diários, com aplicações equivalentes de prostaglandina (T2 e T4). Nesses lotes (T1, T3, T2 e T4), as incidências de cio foram iguais a 75% (n = 12), 67% (n = 6), 40% (n = 5) e 40% (n = 5); os intervalos entre o dia da aplicação da prostaglandina e o cio foram de 4,4, 2,0, 5,5 e 4,5 dias, respectivamente. Nos três experimentos foram avaliados o peso e a condição corporal, o controle leiteiro e as infeções mamárias. A incidência de mamites foi maior no grupo das vacas em fases avançadas de lactação que temporariamente deixaram de ser ordenhadas à tarde. Concluiu-se então que os artifícios de manejo apresentados, podem ser úteis do ponto de vista reprodutivo; sendo entretanto necessária a verificação prévia dos problemas sanitários e prazos menores de aplicação.

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Publicado

29-11-2013

Edição

Seção

REPRODUÇÃO ANIMAL

Como Citar

Alternativas para o manejo de vacas Gir e mestiças Holandês X Zebu em lactação: efeito sobre a produção de leite e reprodução. (2013). Boletim De Indústria Animal, 59(1), 61-69. http://bia.iz.sp.gov.br/index.php/bia/article/view/1373

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