Torta de filtro de usina açucareira na alimentação de ruminante: Produção, composição bromatológica e digestibilidade

Autores

  • Mauro Procknor Instituto de Zootecnia, Estação Experimental de Zootecnia de Sertãozinho, SP
  • Paulo Roberto Leme Instituto de Zootecnia, Estação Experimental de Zootecnia de Andradina, SP
  • Laércio José Pacola Instituto de Zootecnia, Estação Experimental de Zootecnia de Sertãozinho, SP

Resumo

Estudou-se a possibilidade de utilização da torta de filtro de usina açucareira na alimentação de ruminantes. Inicialmente, são levantadas cosiderações acerca do alto poterial de produção deste resíduo, analisados os meios de melhorar sua qualidade visando a melhor aproveitamento na alimentação animal e propostas modificações no processamento industrial da cana-de-açúcar, tendo em vista uma utilização mais adequada desse subproduto. A seguir são fornecidos os dados referentes à sua composição bromatolágica e os resultados obtidos nos ensaios de digestibilidade de rações com postas com diferentes porcentagens de torta de filtro. A composição bromatológica média desse resíduo, obtido em filtro rotatito a vácuo em usina localizada no município de Sertãozinho (SP), foi a seguinte: matéria seca 27,61%; proteína bruta: 4,92%; fibra bruta: 15,08%; extrato etéreo: 7,07%; extrativos não nitrogenados: 45,89% e matéria mineral: 27,04%, sendo que este último componente apresentou o mais elevado coeficiente de variação. Os ensaios de digestibilidade demonstraram que a torta de filtro pode ser utilizada em até 40% da matéria seca de rações para ruminantes, necessitando, todavia, de uma complementação protéica elevada, tendo em vista seu baixo teor de proteína digestível. O alto teor de minerais encontrado na torta de filtro também parece afetar o consumo voluntário de rações contendo altas porcentagens deste resíduo.

Downloads

Downloads

Publicado

29-01-2014

Edição

Seção

NUTRIÇÃO ANIMAL

Como Citar

Torta de filtro de usina açucareira na alimentação de ruminante: Produção, composição bromatológica e digestibilidade. (2014). Boletim De Indústria Animal, 38(2), 107-116. http://bia.iz.sp.gov.br/index.php/bia/article/view/215

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3 4 5 6 > >>