Substituição do milho moído pela glicerina como aditivo em silagem de capim elefante
DOI:
https://doi.org/10.17523/bia.2018.v75.e1417Palavras-chave:
avaliação nutricional, fermentação, subprodutoResumo
Objetivou-se com este estudo testar o aumento linear da inclusão de glicerina bruta (86% de pureza) em substituição ao milho moído, como aditivo, na forragem de capim-elefante destinada a ensilagem, avaliando-se a qualidade nutricional do alimento e a viabilidade da ensilagem do material. Foram testados cinco níveis de substituição do milho pela glicerina em taxas que variaram de 3,12 a 12,5% sobre a matéria natural da forragem, além de um tratamento controle (apenas forragem). Realizaram-se análises bromatológicas e de digestibilidade para avaliar o valor nutricional da mistura durante a ensilagem e após o processo fermentativo, na silagem. Para avaliar a qualidade fermentativa foram feitas avaliações de pH, nitrogênio amoniacal, recuperação de matéria seca e densidade. A inclusão do milho moído incrementou (P<0,05) o teor de matéria seca em até 28%, tanto na forragem fresca, bem como na silagem. Tanto a inclusão do milho, bem como a substituição deste pela glicerina resultou (P<0,05) em um incremento médio de 25% e 32 % na digestibilidade in situ e valor energético da silagem, respectivamente quando comparado ao capim puro. Isto, devido ao decréscimo (P<0,05) dos teores de fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido na silagem. A inclusão de glicerina aumentou (P<0,05) as perdas de proteína bruta durante a fermentação e diminuiu a recuperação da matéria seca. O teor de matéria seca da forragem parece ser fator chave para o sucesso de inclusão da glicerina como aditivo na ensilagem do capim-elefante, no intuito de evitar perdas expressivas de qualidade nutricional durante a fermentação.
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