Quantificação da proteína Cry1Ab em folhas, caules e grãos de dois híbridos de milho Bt e controle das pragas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea

Autores

  • Geraldo Balieiro Neto Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Ribeirão Preto, SP
  • Terezinha Monteiro dos Santos Cividanes Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Ribeirão Preto, SP
  • Roberto Botelho Branco Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Ribeirão Preto, SP
  • Maria do Rosário Fernandes Felix Universidade de Évora, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrnicas, Évora
  • Fernando Manuel de Campos Trindade Rei Universidade de Évora, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrnicas, Évora
  • José Ramos Nogueira Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Ribeirão Preto, SP

DOI:

https://doi.org/10.17523/bia.v70n1p59

Palavras-chave:

Milhos transgénicos, proteina Cry1Ab, Spodoptera frugiperda, Helicoverpa zea

Resumo

Procedeu-se à avaliação do nível de infestação e respectivos danos associados à presença das lagartas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea, em dois milhos híbridos geneticamente modificados (OGM), Dekalb DKB390 e Agroceres AG8088, que expressam a proteína Cry1Ab. Foi estabelecido em blocos casualizados, com dois fatores (hibrido e gene cry1Ab), sendo utilizadas como controles os mesmos híbridos sem a proteína Cry1Ab (NOGM). A concentração da proteína Cry1Ab foi determinada pela técnica ELISA em caules, folhas e grãos dos milhos OGM, previamente desidratados por liofilização. A contabilização do número de lagartas de S. frugiperda e danos associados foi realizada aos 15, 22, 29, 36 e 42 dias após a semeadura, segundo uma escala com 5 níveis (0-ausência praga; 5-planta morta). A contabilização do número de lagartas de H. zea e danos associados foi realizada aos 57, 71, 78 e 85 dias após a semeadura, segundo uma escala com 4 níveis (0-ausência praga; 4- o inseto penetrou até o sabugo, não se aprofundando mais que 3 cm). O número de larvas foi contabilizado segundo dois níveis, menores ou iguais a 15mm e maiores de 15mm. Nenhuma aplicação inseticida foi realizada nos talhões com milhos OGM enquanto os talhões com milhos NOGM foram pulverizados com uma aplicação de deltametrina (2,8%) 42 dias após a semeadura. O nível de infestação e danos associados a S. frugiperda foram significativamente menores (p<0,05) nos milhos OGM em comparação com os milhos NOGM. Todavia, o número e danos associados a lagartas de S. frugiperda inferiores a 15 mm, foram superiores no milho OGM DKB390 quando comparado com o milho OGM AG8088. Não se verificaram diferenças no nível de infestação por lagartas-do-cartucho e danos associados entre milhos OGM e entre milhos NOGM. Em média, a concentração da proteína associada ao gene cry1Ab foi superior nas folhas e caules em comparação com a concentração presente nos grãos e, em média, superior no milho OGM AG8088 relativamente ao milho OGM DKB390. Não foram encontradas diferenças no nível de danos causados por lagartas de H. zea no milho AG8088 OGM e NOGM, após 71, 78 e 85 dias da semeadura. Conclui-se que embora os milhos OGM tenham sido eficientes na limitação das duas pragas, foram mais eficientes na limitação de S. frugiperda em comparação com H. zea resultado que estará associado à maior concentração da proteína nas folhas (8,062 ug/g de tecido fresco) e caules (5,626 ug/g de tecido fresco), em comparação com a existente no grão (0,372 ug/g de tecido fresco). Por sua vez, o teste ELISA foi eficiente na quantificação da proteína Cry1Ab em tecidos vegetais de milho.

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Publicado

11-01-2013

Edição

Seção

FORRAGICULTURA E PASTAGENS

Como Citar

Quantificação da proteína Cry1Ab em folhas, caules e grãos de dois híbridos de milho Bt e controle das pragas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea. (2013). Boletim De Indústria Animal, 70(1), 59-66. https://doi.org/10.17523/bia.v70n1p59

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